Os Mamões. 2011 É uma sátira aos poderosos que dominam o mundo. Tem como referência a lenda do Rómulo e Remo. Salvos por uma loba que os amamentou e deu origem ao grande Império Romano. A Porca leiteira com as suas grandes tetas a esguichar leite, simboliza os recursos naturais que sustêm a vida. Doente e a cuspir sangue consequente do abuso de poderosos predadores que lhe sugam a vida. São figuras fálicas que tudo fodem, que tudo querem. Julgam-se intocáveis e protegidos, com uma ganância insaciável na luta pelo poder, que resulta num dramático desequilíbrio na distribuição da riqueza do mundo em que todos enfermam, a favor dos próprios interesses económicos e financeiros, indiferentes á sobrevivência da própria espécie com o abuso e desperdício dos recursos naturais. Milhões de mulheres, homens e crianças conhecem formas extremas do flagelo da fome, e as perspetivas de desenvolvimento são pouco animadoras. A fome há muito que mata, e já deixou de ser notícia na imprensa internacional. O mundo assiste à globalização da especulação financeira. Os novos predadores aniquilam sectores económicos inteiros de países em operações bolsistas, realizadas alguns num qualquer ponto. O capital não tem pátria, nem limites para a sua acumulação. Os meios usados perderam toda a conotação moral, estão convertidos em simples "operações" financeiras. O mundo assiste hoje à expansão do consumismo numa lógica predadora de recursos. Um terço da Humanidade consome de forma impulsiva. Pouco lhe interessa quem fabricou os produtos, as condições em que os fez e a que custo. Face a este panorama, os direitos humanos se são a única referência consistente, são também uma referência vazia de sentido para a maior parte da Humanidade, para a qual a questão prioritária é a da sobrevivência física dia após dia. 220 cm de altura. Fibra de vidro, resina de poliéster, mandíbulas e dentição de porco, ferro, borracha, látex, penas, vual.




