Adamastor o Dominado, 2017. Óleo sobre latão oxidado com calium polysulfide. 50 cm de altura. Disponível em bronze. Sua menção mais memorável é feita por Luís de Camões no Canto V da epopeia portuguesa Os Lusíadas, como o gigante do Cabo das Tormentas, que afundava as naus nas águas que banhavam a confluência dos oceanos Atlântico e Índico, e revoltava-se sob a forma de uma tempestade ameaçando a ruína daquele que tentasse dobrar o Cabo das Tormentas, os alegados domínios de Adamastor. O episódio do Adamastor representa, assim, em figuração grandiosa e comovente, as forças da natureza, a sua oposição à audácia dos navegadores portugueses comandados por Vasco da Gama e a predição da história trágico marítima que se lhe seguiria. Os Lusíadas ilustra a superação do povo português sobre o medo de navegar em mares desconhecidos, onde este medo é sintetizado pela figura do gigante. Por haver superado a tempestade e seguido com sucesso o caminho pelo Oceano Índico, Vasco da Gama renomeou o local que hoje é conhecido como Cabo da Boa Esperança. Óleo sobre latão oxidado com calium polysulfide.




